Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • Nacional
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • |
  • Cultura
  • Opinião
  • Esportes
  • Cidades
  • Política
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Política

PREJUÍZO

Oito retrocessos que o RRF, aprovado em 1º turno na ALMG, trará aos serviços públicos

Congelamento de salários, teto de gastos e retiradas de direitos são alguns dos impactos

16.jul.2024 às 18h50
Belo Horizonte (MG)
Redação

Foto: Guilherme Dardanhan - Reprodução /ALMG

A Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) aprovou em 1º turno, segunda-feira (15), o projeto de adesão ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF), o PL 1202/19, apresentado pelo governo de Romeu Zema (Novo). O PL foi aprovado por 33 votos favoráveis e 22 contrários.

Entidades representativas do funcionalismo público denunciam que as medidas previstas no projeto retiram direitos dos servidores e desmontam os serviços públicos no estado. Trabalhadores ocuparam as galerias e dependências da ALMG pressionando parlamentares contra a aprovação.

O projeto autoriza o governo de Minas Gerais a renegociar sua dívida com o governo federal estimada em R$ 160 bilhões. Ao aderir ao regime, o estado fica obrigado a implementar uma série de medidas fiscais e estruturais, como privatizar estatais, congelar salários e submeter a istração financeira a um conselho. 

A aprovação do PL vem na contramão de propostas alternativas em discussão no Congresso Nacional. No dia 9 de julho, o presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSD) protocolou um projeto de lei para criar o Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag). 

:: Receba notícias de Minas Gerais no seu Whatsapp. Clique aqui ::

O Progag mantém o formato atual de juros, definido pela inflação mais 4%, mas prevê mecanismos de redução do índice adicional, como a federalização de ativos para o abatimento de parte da dívida. A economista e especialista em direito tributário Eulália Alvarenga avalia que o Propag é melhor que o RRF, mas não apresenta solução a longo prazo. 

Todas as emendas parlamentares apresentadas ao PL 1.202/19 foram rejeitadas. Na terça-feira (16), o projeto foi aprovado em 2º turno na Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária.

Para explicar como o RRF impacta às políticas públicas e a vida dos servidores públicos, o Brasil de Fato MG levantou oito medidas que atingem de forma direta os trabalhadores.

1. Congelamento dos salários

O Plano enviado pelo governo de Minas à ALMG prevê apenas dois reajustes de 3% nos salários dos servidores pelos próximos nove anos. A proposta rendeu uma série de críticas à gestão de Romeu Zema (Novo), que rebate afirmando que as recomposições salariais estão submetidas à “disponibilidade de recursos no caixa do Tesouro Estadual”.

Uma calculadora, desenvolvida pelo Sindicato dos Servidores da Tributação, Fiscalização e Arrecadação do Estado de Minas Gerais (Sinfazfisco), permite que os trabalhadores descubram qual será o poder de compra de seu salário, caso o Plano de Recuperação Fiscal do governo seja implementado no estado. 

De acordo com a ferramenta, para um servidor cujo valor do último contracheque foi de R$2.500,00, ao final do período de equacionamento das contas públicas, caso não aconteça nenhum reajuste, o poder de compra será de R$1307,46. Se o salário for reajustado duas vezes, o valor continua baixo, chegando a apenas R$1387.09.

Em contrapartida, Romeu Zema aprovou um reajuste em seu próprio salário de quase 300%. Até 2025, o governador ará a receber mais de R$40 mil por mês. 

2. Suspensão de auxílios e direitos

Em comunicado publicado pela Secretaria de Estado da Fazenda, o governo afirma que “nenhum direito adquirido dos servidores será perdido”. Porém, críticos à proposta denunciam que, se o RRF for implementado, direitos historicamente conquistados pelos trabalhadores, como férias-prêmio, quinquênios e adicional por desempenho, além das promoções e progressões de carreira, podem ser extintos. 

A deputada estadual Beatriz Cerqueira (PT) critica a adesão do estado ao RRF e destaca que, além dos próprios servidores, toda a população mineira deve ser impactada pelas medidas propostas pelo governador. 

“Quando um governo ataca servidores públicos, está atacando a população. Quem presta serviço ao povo é o servidor, quem fiscaliza para proteger o meio ambiente é o servidor, quem cuida da saúde da comunidade seja no posto de saúde ou no hospital é o servidor, quem cuida da educação das crianças e adolescentes é o servidor. Não existe serviço público sem o trabalhador”, avaliou, nas redes sociais.

3. Sem nomeações para novos cargos 

Outra imposição do RRF é o impedimento de realizar a nomeação de servidores para novos cargos. O regime permite que o governo nomeie trabalhadores apenas para cargos já existentes. 

4. Sem concursos públicos 

Ao mesmo tempo, o Executivo mineiro também fica impedido de realizar novos concursos públicos. O plano permite apenas a realização de concursos autorizados e dos que já estão em vigor. Se a medida entrar em vigor, Minas Gerais pode viver um congelamento de novos concursos públicos até 2032. 

5. Teto dos gastos estadual

Além disso, o regime também impõe a criação de um teto de gastos estadual. Segundo o governo, essa exigência “não representa corte de verbas” em áreas como saúde e educação. 

Porém, em audiência pública realizada na ALMG, parlamentares destacaram que o plano apresentado pelo governo prevê limites de crescimento dos gastos com pessoal menores do que o estado tem atualmente. 

No caso da segurança pública, por exemplo, o teto seria de 2,45%. Porém, os deputados afirmam que, entre 2021 e 2022, os índices reais foram de 12,5%.  Para a saúde, o limite seria de 2,87%. Mas, no último ano, o valor registrado foi de 17%.

6. Entrega do patrimônio público

As principais estatais mineiras, como Cemig e Copasa, garantem à população mineira o o à água e energia como direitos básicos. O RRF obriga a privatização dessas empresas, o que coloca esses direitos em risco, uma vez que a responsabilidade é transferida para empresas cujo objetivo é somente o lucro.

“Nós vemos casos em que o serviço piorou muito após a privatização, como o município de Outro Preto, onde chega água com barro às torneiras das casas. A empresa privada vai levar água somente onde é rentável, mas os pequenos municípios, onde o custo é alto e não há lucro, deixarão de ser atendidos”, adverte Eduardo Pereira, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Purificação e Distribuição de Água e em Serviços de Esgotos do Estado de Minas Gerais (Sindágua MG).

A privatização também preocupa quando se pensa na situação dos trabalhadores da empresa, que serão explorados ao máximo. A perda de direitos, da segurança e da própria vida ficam evidentes em dados sobre acidentes com terceirizados no setor elétrico: cerca de 300% maior do que com empregados próprios, de acordo com pesquisa da Fundação Coge.

7. Sem autonomia

Feita a adesão ao RRF, o estado também submeterá sua gestão financeira ao Conselho de Supervisão, composto por representantes do Ministério da Fazenda, do Tribunal de Contas da União e do Estado em recuperação fiscal.

“É um tipo de intervenção, o estado perde a autonomia, ficando submetido ao Conselho, onde seremos minoria”, explica Eulalia Alvarenga.

8. RRF fracassou em outros estados

Os Estados do Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro já aderiram ao Regime de Recuperação Fiscal. E os estados “estão hoje mais endividados, com os serviços públicos precarizados e sem o patrimônio público que foi vendido”, afirma.

O primeiro estado a aderir ao RRF foi o Rio de Janeiro, em 2017. Durante a vigência do regime, a dívida do estado saltou de R$ 132 bilhões para R$ 151 bilhões, crescendo mais de 14%. Para o período de 2024 a 2026, o governo do Rio prevê um déficit de mais de R$ 18 bilhões.

Editado por: Elis Almeida
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja *
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

Racionais MCs

‘Não tem romantismo, é real’: KL Jay fala sobre a exposição do Racionais, cultura periférica e resistência

Abraço Guarapiranga

‘Ameaça é o que não falta’: Abraço Guarapiranga neste domingo (1º) denuncia avanço de projetos rodoviários nos mananciais de SP

NÃO PODE MENTIR

Justiça Eleitoral cassa mandato do vereador de São Paulo Rubinho Nunes por divulgar laudo falso contra Boulos

MEMÓRIA

Mais um bom combatente, que deixa muitas saudades

Ameaça ambiental

Atos contra PL da Devastação acontecem neste domingo (1º) em todo o Brasil

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.